Se o mundo virou de cabeça para baixo, se os fios da humanidade estão soltos e não unem mais as pessoas, se a natureza está pedindo socorro pelas mazelas que de toda parte ao longo do tempo os humanos insistimos em criar, se novas formas de comunicação estão tornando muitos de nós indivíduos solitários, voltados apenas para si, se aumenta exponencialmente o conhecimento sobre o universo e pouco sabemos ainda sobre nós e o nosso planeta, onde encontrar o equilíbrio de que tanto precisamos? As buscas salvadoras se estendem para religiões - consagradas ou recentes -, para uma vida fora dos grandes centros, pautada em novos valores e na simplicidade de viver, como se fora um caminho de volta para o campo, a busca da paz nas nossas próprias origens
Neste caminho por veredas diversas, o homem sempre teve na Arte seu mundo pleno, seja os que a criam de forma livre, seja os que dela usufruem. No contato sem amarras com a obra artística criada, elos se estabelecem ao conectar dois mundos, o do espectador e o do artista. Se o propósito da Arte pode ser influenciado pelos contextos religioso, econômico, social e político que a fazem mudar ao longo da história, ela segue expressando e enfatizando uma gama de emoções, sentimentos, crenças e valores, o que a torna imensurável e, ao mesmo tempo, indescritível. É ela que diferencia o ser humano dos demais indivíduos, ou melhor, que nos torna verdadeiramente HUMANOS.