É certo que a Arte nos faz entender o mundo de forma mais aberta e sem barreiras, repensando posicionamentos culturais e artísticos, ao analisar objetos de arte em percursos históricos. Ao longo do tempo, artistas transgridem o já sedimentando, com ideias que de alguma forma interferem na sociedade e em percepções vigentes em cada momento do transcorrer da humanidade, ao mesmo tempo que recebem influências do meio em que estão inseridos. Para citar alguns exemplos: o movimento dadaísta do início do século XX, que procurava negar a lógica e a razão estabelecidas, utilizando colagens, performances e manifestos para desafiar a ordem estabelecida; o movimento punk, nas décadas de 1970 e 1980, que usou a música, a moda e a atitude provocadora para desafiar as convenções sociais e os valores dominantes.
A Arte ao combater pré-conceitos, em suas diversas formas de expressão, proporciona às pessoas, independente de idade e localização geográfica, a possibilidade de desenvolver habilidades interculturais, além de formas distintas de interagir no mundo e enxergar outras culturas, estimulando a sensibilidade, a cognição, a expressão e a criatividade. A Arte é uma operação de linguagem e por mais transgressiva que seja a obra de arte, há uma narrativa implícita no campo da mediação entre o artista e seu observador. A obra de arte, obra de criação única, expressa crenças, desejos, aceitação, inconformismos tantas vezes, e agregam reflexões inúmeras sobre tais narrativas - transgressoras ou não – no campo das artes Aqui estão Artistas que nos trazem questionamentos variados, que nos obrigam a ampliar nossos olhares sobre seus mundos interiores , que nos deixam inquietações , em um momento de transformação por que passamos ,independente do chão em que pisamos. Que voem nossos pensamentos, que se abram todo nosso ser num século de tantas inovações transgressoras M. Montezi / Curadoria |