Nós, brasileiros, acreditamos que coincidências não existem, tudo que está para acontecer está apenas esperando o tempo certo, o local preciso. Tudo está escrito em algum ponto do universo, em alguma estrela que brilha sobre nossas cabeças. Ou esperando que um orixá aproxime pessoas, como as fadas com suas varinhas mágicas, que acreditávamos quando criança.
Com relação à fotografia ganhar uma exposição própria em um espaço de Arte na icônica IPANEMA foi assim. Não bastava ter vez por outra o trabalho de um fotógrafo em nossos eventos tão bem recebido pelo público. O que desejávamos era ter fotografias contemporâneas, entendidas como um gênero de Arte em exposição, onde a pintura e a escultura sempre reinaram. Era trazer a arte fotográfica como registro de seu tempo, da identidade de um povo, de preferência o brasileiro, em seu contexto sociopolítico, com sua mescla única enfatizada em suas raízes tão diversas. E eis que chega à Galeria, vindos de pontos diversos de um mundo que parece pequeno nesta hora, dois artistas que trazem contemporaneidade à Arte fotográfica, em registros fabulosos de uma cultura religiosa, de um jeito de ser de um povo. Aqui estão fotos para serem apreciadas de Christophe Moëc, francês vindo de Paris, e Carlos Junior, carioca/Rio de Janeiro, que aqui aportaram numa conspiração já escrita nas areias de Ipanema. Eu, humildemente, agradeço aos orixás , que os trouxeram até mim. Saravá! M. Montezi / Curadoria |