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O Brasil e as coisas do Brasil merecem espaço próprio neste encontro de artistas aqui reunidos com criações tão distintas. Coincide com a comemoração do centenário da icônica Semana de Arte Moderna, tão discutida para o bem e para o mal para além de São Paulo onde aconteceu. Os princípios que nortearam o movimento de 1922 continuam rendendo publicações cem anos depois, e não se esgotam em sua importância. Nós procuramos fazer uma releitura de seus desdobramentos, com foco na brasilidade que tem norteado o trabalho de tantos na música, artes plásticas, arquitetura, cinema, teatro. Se na pintura ficou para trás a temática e o modelo europeus, podemos apreciar nas telas nossas paisagens, nossa flora e fauna, a exuberância solar das cores dos trópicos que ganha vida em cada criação. O Artista brasileiro, valorizado em outras partes do mundo, traz o mundo que o cerca como forte influência em cada criação. Os elementos, a palheta de cores, a composição da cena, as florestas que estão por toda a parte do país, a denúncia aos erros do nosso passado. Essa é a Arte brasileira moderna. Parece que nesses dois últimos anos de isolamento, valorizar o que é nosso ganhou nova dimensão na visão dos artistas convidados aqui presentes. O que nos diferencia, o que é nossa marca, a mirada que os faz transformar o cotidiano em Arte com olhos de amor, a criação artística que nos marca, parece tatuada na alma esta brasilidade que nos diferencia e nos torna únicos. A nossa homenagem aos que transgrediram com Arte o passado.
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