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A arte é um mundo que sempre coloca em xeque seus apreciadores. Desde as cavernas sempre temos o que apreciar passando por tantos períodos distintos em “escolas” distintas, que nos forneceram gênios como Da Vinci, Klimt, Monet, Van Gogh, Picasso.
Os artistas sempre irão nos surpreender com suas visões de mundo, sensibilidade, percepções do momento em que vivem, convivendo pacificamente com os diferentes na Arte, porque o entendimento extrapola o que se considera por belo. Na exposição atual Mariáh e Mario nos trazem claramente o que seja criação artística. Mariáh coloca a figura feminina no foco, liberta o corpo da mulher da condição de objeto da representação pela ótica masculina. Mariáh emancipa a mulher ao lhe dar uma nova perspectiva, distante da antiga pratica no campo da arte, muito antes dos atuais movimentos feministas. Os chapéus são a representação estética do poder feminino seja em momento solo ou no encontro de amigas. Ao empregar renda, filó, tecidos diversos, colagens busca trazer para as suas produções a representatividade feminina. Marques com sua palheta incrivelmente rica de cores busca criar um universo abstrato onde cada admirador de suas obras tem a total liberdade de uma imersão aberta e sem censuras. As emoções do artista estão presentes nas texturas que cria ao mesmo tempo que traz suavidade demonstrada no universo das abstrações informais que despertam emoções em quem as observa. Esse aspecto de interligação da obra com os espectadores é a marca buscada pelo artista. Não há limites para sua sensibilidade se projete em cada pincelada, no mundo que cria em cada tela. A arte existe não só no mundo singular de cada artista, ela é plena e não é criada na perspectiva para um determinado público. Basta apenas saber ver, abrir-se às emoções que os privilegiados que à ela chegam serão agraciados com o melhor que a arte propicia- emoção viva e a cores. Curadoria M. Montezi |
