É certo que Arte, em suas diversas expressões, é parte da Cultura de um povo e dele representação de sua sensibilidade e cidadania, sua maneira de perceber o mundo, através do espaço da memória coletiva de seu grupo. Ao longo de sua existência, uma sociedade produz Arte, ao mesmo tempo que a Arte a constrói numa cronologia que perpassa o desenvolvimento humano, se entendermos as diversas manifestações artísticas desde a Pré-história aos nossos dias. Na História de um povo, a Arte se representa, sem ser cópia de algo, mas o que está no âmago das sociedades, sendo parte de sua cultura ao expressar os valores de seu tempo, presentes em suas práticas artísticas, que refletem criatividade, valores e emoções que o artista expressa em diferentes linguagens através de suportes distintos. Pensar a Arte dentro da História é voltar e rever os acontecimentos de uma época, é estudar, conhecer e analisar a história de um povo, suas origens e o papel de cada membro dentro da comunidade.
É ver que toda arte representativa é original, revela o que está no seio de uma sociedade, faz parte de sua cultura. O tempo histórico determina a sociedade, sua cultura e a complexidade alcançada, mesmo nos objetos que parecem simples. A cultura é também ideologizada refletindo padrões sociais e pensamento crítico sobre a ARTE surgida em determinado momento. A Arte não é neutra. Segue e rompe padrões de seu tempo, numa evolução estética que nos marca como humanos. M. Montezi / Curadoria |