Num Mundo onde é necessário ter um rótulo, uma cor, uma religião e/ou uma ideologia, Garcia se coloca como uma metamorfose ambulante, onde nunca sabe antes e depois tem dúvidas. Expressa-se como mar, por vezes sedutor, por vezes bonito, por vezes verde, por vezes azul, por vezes tocando o sol, por vezes molhando o corpo que o faz sonhar.

Antônio Garcia é o cara que surge da alma do Prof. Marcos Bragança, que se aposentou depois de longa carreira dedicada à Educação, e hoje vive em Petrópolis, buscando imprimir em seus quadros um inconsciente manifesto que expressa essa imensidão do mar.

Sua obra é o resultado da ação de um homem que, com seus conteúdos mentais e emocionais, se encontra de mãos vazias frente ao nada de uma tela em branco e reconhece toda a insignificância de si mesmo, podendo, ao mesmo tempo, compreender que todo esse vasto mundo desconhecido é ele mesmo e degustá-lo intimamente.

Garcia, autodidata em pintura desde 2005, só se dedicou plenamente à Arte a partir de março de 2020, em plena pandemia, como forma de superar as dificuldades impostas pelo afastamento social.

Expôs na coletiva, Devaneio num mundo em desalinho, na Mblois Galeria. (2021)