O ser humano somente se humanizou realmente ao entender que havia algo maior que regia a natureza e o mundo, segundo alguns teólogos. Quando buscou em forças superiores a explicação do próprio existir, quando entendeu que somente a ciência não lhe bastava. Independente de religiões, de um Deus ou de entidades múltiplas, este sagrado acompanha as muitas civilizações poli ou monoteísta, com representações diversas.

A noção de sagrado contrapõe-se ao de profano. O universo religioso e a experiência religiosa traduzem-se através de símbolos, ritos e mitos. Sagrado é todo aquele espaço, objeto, símbolo, que tem um significado especial para uma pessoa ou grupo, contrapondo-se a profano, como tudo que não é sagrado, toda a vida comum do dia a dia, os fatos e atos da rotina. Vale destacar que a diferença entre profano e sagrado só acontece na experiência individual e dos grupos, na medida em que objetos e lugares de culto para uns podem nada significar para outros.

Em tempos difíceis de catástrofes naturais, guerras, epidemias, a fé cresce e ancora o homem, na busca de amparo divino. A ARTE em todos os tempos e em suas diversas expressões já representou o SAGRADO em tantas formas e matizes, na inquietude diante do desconhecido, do desamparo interior, do que não tem sentido.

Aqui neste encontro, Artistas concretizam em obras singulares a busca pelo sagrado, neste momento incomum, que só a fé e a Arte podem nos fazer suportar e vencer o difícil porque passamos.

A Arte em si não é sagrada nem profana, o que os Artistas expressam em suas criações é que nos permite classificar. Aqui nesta exposição o sagrado se apresenta em muitas vidas através da Arte.

Curadoria: M. Montezi
Assessoria de Arte: Sheyla Ataíde